Tipos climáticos brasileiros
No Brasil, o espectro de temperaturas revela a presença de dois vastos conjuntos climáticos - os climas quentes ou tropicais e os climas mesotérmicos ou subtropicais. A atuação das massas de ar e as precipitações permitem distinguir diversos tipos climáticos.
As correntes marinhas do Atlântico ocidental exercem influência sobre a circulação atmosférica no Brasil.
O clima equatorial exibe elevadas temperaturas e pequena amplitude térmica anual. As médias anuais são sempre superiores a 24°C, e as médias do mês mais frio, sempre superiores a 21°C. A diferença entre as médias do mês mais quente e as do mês mais frio não ultrapassam 2°C ou 3°C, menores, portanto, que as amplitudes térmicas diárias. Contudo, em virtude da alta umidade relativa do ar e da forte nebulosidade, não se registram meses tórridos ou temperaturas diárias excessivamente elevadas.
O que distingue o clima equatorial é o volume das precipitações. Sob a atividade permanente da mEc (massa equatorial continental), os totais de chuvas variam entre um mínimo de l .800mm e máximos que se aproximam de 3.500mm, perto da fronteira com a Colômbia. Não há uma estação seca configurada: em todo o domínio, praticamente não se registram meses com precipitações inferiores a 60mm.
O clima tropical também é quente, com médias anuais superiores a 21°C. Contudo exibe maior variedade térmica que o equatorial: no interior do seu domínio, as áreas em maiores latitudes e altitudes podem ter médias próximas a 18°C em julho. As amplitudes anuais são menores que as diárias, mas superam as do clima equatorial, podendo chegar a 7°C.
A característica distintiva desse tipo climático é a alternância entre uma estação chuvosa de verão e uma estiagem de inverno. Durante o verão austral, a ZC/T (Zona Continental Tropical) desloca-se para a Bolívia, e a mEc domina o Brasil central. Nessa época, as precipitações são abundantes e resultam, principalmente, da convecção. No inverno, o predomínio passa para a mTa (massa tropical atlântica). As altas pressões condicionam tempo estável, céu claro e baixa umidade do ar. A invasão eventual da mPa é antecedida por linhas de instabilidade que provocam tempestades tropicais.
O clima semi-árido distingue-se do tropical pela fraca atuação da mEc, o que condiciona estiagens ainda mais prolongadas e totais pluviométricos menores. Na extensa mancha semi-árida do Sertão nordestino, ocorre larga variação da estação seca, que dura entre seis e onze meses. As chuvas concentram-se no verão e início do outono, quando podem ser torrenciais e provocar inundações.
Contudo a característica mais marcante desse tipo climático não é a escassez das precipitações, mas a sua irregularidade. Quando as chuvas de janeiro ou fevereiro não caem – ou são pouco intensas – instala-se um ano de seca. Periodicamente, registram-se períodos de seca de alguns anos, nos quais as precipitações ficam bastante abaixo do normal.
Clima tropical atlântico abrange a fachada oriental nordestina, incluindo as planícies litorâneas e as vertentes orientais dos planaltos, desde o Rio Grande do Norte
até quase o extremo sul da Bahia. A sua característica distintiva é o regime de precipitações, que apresenta totais pluviométricos elevados, em torno de l.500mm, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno. O climograma de Recife (PE) é representativo desse regime: embora não exista estação verdadeiramente seca, as grandes chuvas ocorrem entre abril e julho.
O clima tropical de altitude apresenta regime de chuvas concentradas no verão. O seu traço distintivo não se encontra nas precipitações, mas nas temperaturas. Nos planaltos e nas serras da metade leste de São Paulo, do sul de Minas Gerais e de uma estreita faixa ocidental do Rio de Janeiro, as médias anuais ficam entre 18°C e 21°C, e as médias de julho, abaixo de 18°C. Na Serra da Mantiqueira, há uma mancha com médias de julho entre 12°C e 15°C. Nessa mancha, estão as cidades turísticas de Campos do Jordão (SP) e Monte Verde (MG), à altitude de l.600 metros, que apresentam temperaturas ainda menores. A média anual de Campos do Jordão não chega a 14°C.
O clima subtropical domina toda a Região Sul, além do extremo sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Distingue-se de todos os demais climas brasileiros pelos padrões da circulação atmosférica. A mEc exerce influência restrita, de tal forma que no verão atinge apenas a latitude do norte do Paraná. Por outro lado, a mPa (massa polar atlântica) exerce influência ampla, que é dominante durante o inverno.
As temperaturas permitem distinguir dois subtipos do clima subtropical. As áreas mais elevadas, na porção leste e no centro da região, exibem médias anuais inferiores a 18°C, e médias de janeiro em tomo de 22°C ou 23°C. Esse é o clima subtropical com verões brandos. Já as áreas mais baixas, na parte oeste da região e nas planícies litorâneas do Paraná e de Santa Catarina, exibem médias anuais superiores a 18°C, e médias de janeiro próximas de 24°C. Na Campanha Gaúcha, o mês mais quente tem médias superiores a 24°C. Esse é o clima subtropical com verões quentes, bem representado pelo climograma de Porto Alegre (RS).
No Brasil, o espectro de temperaturas revela a presença de dois vastos conjuntos climáticos - os climas quentes ou tropicais e os climas mesotérmicos ou subtropicais. A atuação das massas de ar e as precipitações permitem distinguir diversos tipos climáticos.
As correntes marinhas do Atlântico ocidental exercem influência sobre a circulação atmosférica no Brasil.
O clima equatorial exibe elevadas temperaturas e pequena amplitude térmica anual. As médias anuais são sempre superiores a 24°C, e as médias do mês mais frio, sempre superiores a 21°C. A diferença entre as médias do mês mais quente e as do mês mais frio não ultrapassam 2°C ou 3°C, menores, portanto, que as amplitudes térmicas diárias. Contudo, em virtude da alta umidade relativa do ar e da forte nebulosidade, não se registram meses tórridos ou temperaturas diárias excessivamente elevadas.
O que distingue o clima equatorial é o volume das precipitações. Sob a atividade permanente da mEc (massa equatorial continental), os totais de chuvas variam entre um mínimo de l .800mm e máximos que se aproximam de 3.500mm, perto da fronteira com a Colômbia. Não há uma estação seca configurada: em todo o domínio, praticamente não se registram meses com precipitações inferiores a 60mm.
O clima tropical também é quente, com médias anuais superiores a 21°C. Contudo exibe maior variedade térmica que o equatorial: no interior do seu domínio, as áreas em maiores latitudes e altitudes podem ter médias próximas a 18°C em julho. As amplitudes anuais são menores que as diárias, mas superam as do clima equatorial, podendo chegar a 7°C.
A característica distintiva desse tipo climático é a alternância entre uma estação chuvosa de verão e uma estiagem de inverno. Durante o verão austral, a ZC/T (Zona Continental Tropical) desloca-se para a Bolívia, e a mEc domina o Brasil central. Nessa época, as precipitações são abundantes e resultam, principalmente, da convecção. No inverno, o predomínio passa para a mTa (massa tropical atlântica). As altas pressões condicionam tempo estável, céu claro e baixa umidade do ar. A invasão eventual da mPa é antecedida por linhas de instabilidade que provocam tempestades tropicais.
O clima semi-árido distingue-se do tropical pela fraca atuação da mEc, o que condiciona estiagens ainda mais prolongadas e totais pluviométricos menores. Na extensa mancha semi-árida do Sertão nordestino, ocorre larga variação da estação seca, que dura entre seis e onze meses. As chuvas concentram-se no verão e início do outono, quando podem ser torrenciais e provocar inundações.
Contudo a característica mais marcante desse tipo climático não é a escassez das precipitações, mas a sua irregularidade. Quando as chuvas de janeiro ou fevereiro não caem – ou são pouco intensas – instala-se um ano de seca. Periodicamente, registram-se períodos de seca de alguns anos, nos quais as precipitações ficam bastante abaixo do normal.
Clima tropical atlântico abrange a fachada oriental nordestina, incluindo as planícies litorâneas e as vertentes orientais dos planaltos, desde o Rio Grande do Norte
até quase o extremo sul da Bahia. A sua característica distintiva é o regime de precipitações, que apresenta totais pluviométricos elevados, em torno de l.500mm, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno. O climograma de Recife (PE) é representativo desse regime: embora não exista estação verdadeiramente seca, as grandes chuvas ocorrem entre abril e julho.
O clima tropical de altitude apresenta regime de chuvas concentradas no verão. O seu traço distintivo não se encontra nas precipitações, mas nas temperaturas. Nos planaltos e nas serras da metade leste de São Paulo, do sul de Minas Gerais e de uma estreita faixa ocidental do Rio de Janeiro, as médias anuais ficam entre 18°C e 21°C, e as médias de julho, abaixo de 18°C. Na Serra da Mantiqueira, há uma mancha com médias de julho entre 12°C e 15°C. Nessa mancha, estão as cidades turísticas de Campos do Jordão (SP) e Monte Verde (MG), à altitude de l.600 metros, que apresentam temperaturas ainda menores. A média anual de Campos do Jordão não chega a 14°C.
O clima subtropical domina toda a Região Sul, além do extremo sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Distingue-se de todos os demais climas brasileiros pelos padrões da circulação atmosférica. A mEc exerce influência restrita, de tal forma que no verão atinge apenas a latitude do norte do Paraná. Por outro lado, a mPa (massa polar atlântica) exerce influência ampla, que é dominante durante o inverno.
As temperaturas permitem distinguir dois subtipos do clima subtropical. As áreas mais elevadas, na porção leste e no centro da região, exibem médias anuais inferiores a 18°C, e médias de janeiro em tomo de 22°C ou 23°C. Esse é o clima subtropical com verões brandos. Já as áreas mais baixas, na parte oeste da região e nas planícies litorâneas do Paraná e de Santa Catarina, exibem médias anuais superiores a 18°C, e médias de janeiro próximas de 24°C. Na Campanha Gaúcha, o mês mais quente tem médias superiores a 24°C. Esse é o clima subtropical com verões quentes, bem representado pelo climograma de Porto Alegre (RS).
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